Pandemic
por Marco, em 12.08.20
Pois, lá terá que ser. Um post sobre o COVID-19.
Fonte: https://www.who.int/csr/sars/coronavirus/en/
Passam-se alguns meses desde o ponto de entrada em pandemia, do mundo, todo, com casos confirmados, alguns críticos e sistemas de saúde, em alguns casos, totalmente fracassados, resultado de maus líderes.
Em Portugal, assistiu-se a um confinamento, quarentena auto imposta de alguns e imposta para outros. No princípio, estivemos bem, cumprimos aquele que era o nosso dever e também direito, enquanto cidadãos.
Uns meses passados, quase que íamos deitando tudo a perder, e o que houvera sido conquistado, poderia partir-se em cacos (e ainda pode). Revele-se a importância do Sistema de Saúde como um todo, mas particularmente na área de influência de Lisboa e Vale do Tejo. O caso era complicado, assumindo-se mesmo:"não conseguimos quebrar as cadeias de contágio". Bem, é neste ponto que quero tocar, porque muito se falou da perda de contacto, entre os intervenientes de saúde pública e os doentes confirmados ou suspeitos - doença COVID-19: ninguém os conseguia contactar - moradas falsas, telefones errados, emails inexistentes. Perde-se o rasto, e com isso perde-se a capacidade de potenciar, um perímetro de segurança que assegurasse a segurança destes, dos seus familiares, dos seus amigos e colegas, de todos.
Fragilidades económicas, necessidade de deslocamento, assintomáticos, explicam bem esse panorama na saúde pública de Lisboa e Vale do Tejo.
A pandemia não é uma brincadeira, não existe para deixar marca nos livros de História. Está aí, é para ser respeitada porque ela pouco quer saber se infeta A, B ou C, porque infeta e afeta todos, sem exceção.
Já muitos pensadores o afirmaram e confirmaram: estamos perante um dos maiores desafios que a sociedade, de um modelo de globalização intenso e ramificado, jamais viveu. A partir daqui, a diferença de uns, face a outros é de quem saberá antecipar a mudança, a adversidade, o problema, sabendo de antemão que temos o inverno a aproximar-se e, até ao momento, nada nos foi dito sobre esse momento decisor, para as pessoas, para os empregos, para a economia, para o país.
Por Marco Maia // 12 de agosto de 2020